“Na mitologia japonesa, o mar é associado às lágrimas dos deuses.”       As Ama-San são mulheres entre os 50 e os 90 anos que há 2 milénios têm como atividade rotineira o mergulho sem garrafas de oxigénio, conseguindo atingir até 20 metros de profundidade e aguentar entre 2 a 3 minutos em apneia. O seu objetivo é apanhar abalones, algas, ostras e em tempos pérolas. Gostei imenso de realizar este trabalho no âmbito da unidade curricular de Atelier de Documentário I porque me permitiu desenvolver a minha análise crítica de uma forma mais estruturada. Gostava agora de saber a VOSSA opinião: Acham que deveria fazer mais vídeos deste género (analisar diversos filmes/séries)?

https://vimeo.com/247560558 KAPPA

"E se tivesses a oportunidade de conhecer a família que veio antes de ti?" Nos cinemas desde de 23 de novembro.      Coco é uma história inacreditável para toda a família, com uma mensagem de partir corações.      O 1° ato é curto e dinâmico e apresenta-nos diversas personagens, cada uma com a sua característica peculiar. Não preciso de dizer que o Dante - o cão - foi a minha personagem preferida por ser tão carismático.      A primeira parte do 2° ato, por outro lado, é extensa de mais o que quase se tornou aborrecido, mas quando se atinge o clímax a história e a narrativa têm uma força extraordinariamente forte e cativante.      A personagem que mais me surpreendeu foi a bisavó de Miguel, com uma pele brutalmente detalhada e com características alusivas à velhice 'real' - perda de memória, restrições físicas... - e não aquelas avós velhinhas, com óculos de meia lua na ponta do nariz, que cozinham biscoitos de ge...

     Lisboa tem o seu encanto.        São muitos os turistas e tuk tuk's  que se vêm pelas ruelas estreitas e íngremes de Alfama.      Acho que é um espaço um pouco abandonado, cheio de fios de eletricidade que estragam a vista para os prédios coloridos. Os passeios são mortíferos devido ao calcário desgastado pelo tempo, os moradores são pouco afáveis e, se não fossem os turistas, seria um espaço morto.     Parte de mim não compreende como é conseguem atrair tantos estrangeiros para um local tão degradado, mas outra parte de mim compreende o encanto de Alfama, com as suas típicas ruelas repletas de cor e de Fado.     Este é apenas um pequeno registo fotográfico de um passeio matinal entre Santa Apolónia e a Baixa. Cerâmica moderna Prédios coloridos Graffiti 1 Graffiti 2 Gato à janela perto do castelo de S. Jorge. Cores, tuk tuk's e turistas. Convento da Graça ...

Cheguei à Póvoa de Santa Iria no passado sábado, ainda o sol não tinha nascido.      Com um ambiente muito calmo, pacífico e repleto de gatos a deambularem por um espaço deserto, o sol nasceu com tonalidades douradas que refletiam os barcos no rio e iluminavam a zona piscatória que, a pouco e pouco, começou a ter algum movimento com os pescadores a chegarem depois de uma noite de trabalho.      Todo o dia foi sossegado. Muitas pessoas aproveitaram o sábado para passear em família à beira rio, outras para desfrutar da paisagem no café.      Aprendi muito sobre os pescadores e o seu ofício. Acho importante sabermos que eles passam noites fora, seja verão ou inverno, faça frio ou calor, em trabalhos fisicamente exigentes. São eles que arranjam os seus materiais de pesca e que os compõe quando necessário. Há muito valor neste ofício desprezado.      Houve pescadores que confirmaram amor àquilo que fazem, que não ...

     Antigamente era reduzido o número de pessoas que possuiam máquinas fotográficas devido às despesas que isso acarretava: comprar o dispositivo, os rolos, mandar revelar e posteriormente imprimir. Atualmente chovem fotografias por todo o lado.       Vejo turistas com os seus tablets e smartphones a disparar em todas as direções, estudantes a fotografar o seu estudo a toda hora, senhoras a eternizar as suas refeições, pedidos de casamento, férias nas Caraíbas, férias na China, trabalho comunitário, negócios fechados, festas de aniversário...  A imagem fotográfica dominou o nosso mundo de uma maneira avassaladora.      Pessoalmente gosto de fotografar com uma câmara fotográfica. Gosto de captar momentos que achei interessantes para mais tarde recordar, por isso tenho uma grande dificuldade em perceber como é que as pessoas se cingem a um dispositivo móvel para imortalizar os seus momentos. Então decidi fazer uma e...

É com um aperto no coração que leio as notícias de uma nuvem de fumo que envolve Mangualde e eu, a 300km de casa, não posso fazer nada para além de esperar pelo sucesso dos bombeiros e por uma ajuda milagrosa do clima.      Saí de casa há uma semana. Estava calor como um dia de verão mas as folhas das videiras já começavam a ganhar o tom amarelado do outono. Saí de Mangualde com um céu limpo e um pôr do sol laranja forte que se despediu de mim com um breve 'até já'. Mas o laranja forte transformou-se em chamas e a pacífica cidade de Mangualde num fósforo.      Leio relatos, notícias e notificações das labaredas a atingirem cada canto do concelho e visualizo o inferno com um detalhe assustador enquanto tomo consciência de que todas as memórias visuais da minha querida casa estão reduzidas a uma escala de cinzentos. Hoje senti-me inútil. Incapaz de poder ajudar.      É nestes momentos que nos confrontamos com a aterrori...