"E se tivesses a oportunidade de conhecer a família que veio antes de ti?"
Nos cinemas desde de 23 de novembro.
Coco é uma história inacreditável para toda a família, com uma mensagem de partir corações.
O 1° ato é curto e dinâmico e apresenta-nos diversas personagens, cada uma com a sua característica peculiar. Não preciso de dizer que o Dante - o cão - foi a minha personagem preferida por ser tão carismático. A primeira parte do 2° ato, por outro lado, é extensa de mais o que quase se tornou aborrecido, mas quando se atinge o clímax a história e a narrativa têm uma força extraordinariamente forte e cativante.
A personagem que mais me surpreendeu foi a bisavó de Miguel, com uma pele brutalmente detalhada e com características alusivas à velhice 'real' - perda de memória, restrições físicas... - e não aquelas avós velhinhas, com óculos de meia lua na ponta do nariz, que cozinham biscoitos de gengibre com a facilidade de uma jovem de 20 anos.
Relativamente ao mundo dos mortos achei importante este ser retratado como um mundo colorido, feliz, cheio de atividade e 'vida', e não o usual ambiente fantasmagórico em tons cinza e azulado.
A história em si, como já disse, é de partir o coração. Adorei a reviravolta que a narrativa ganha e achei curiosa a ideia de pegarem na cultura mexicana para um filme de animação - cada vez mais provam que se estão a afastar e a desprender dos estereótipos usuais.
É um filme que nos obriga a refletir na vida, nas memórias, no tempo desperdiçado, nas decisões tomadas e nas suas consequências, agarrando o espetador com uma força emocional gigantesca e, como já estamos habituados dos anteriores filmes da Pixar, são os mais novos que ensinam os mais velhos.
Explora-se um mundo baseado na memória, na recordação e na perda de entes queridos, mas não da forma violenta que a Disney costuma utilizar para estimular o primeiro plot point.
Não é o melhor filme de animação, mas é imperdível!
Em suma, Coco baseia-se na força dos valores familiares obrigando-nos a refletir sobre as memórias e as recordações que prevalecem connosco para sempre.
Em suma, Coco baseia-se na força dos valores familiares obrigando-nos a refletir sobre as memórias e as recordações que prevalecem connosco para sempre.
KAPPA